As copiúvas
Vento brisa sobre as copas Chuva leve que desfolha os tons marrons ao chão Chão poroso perfazendo uma metrópole de tocas e esconderijos, todas interligadas. Parece que existe um pacto de silêncio e assim todos se abrigam. Aqui nas planícies as copiúvas são as primeiras dispostas a cair com a tempestade, acham que se entregam livres por que sabem que seus perfilhos brotam de sua fuste deitada formando imensas colônias. É o mesmo ser se reimprimindo como uma clonagem. Elas são abundantes quanto os peões no xadrez da floresta. Tapirira guianensis é o seu nome pomposo, que já demonstra a sua imensa dispersão desde a Amazônia. Pensando bem é possível que algumas copiúvas possam ser as árvores mais antigas daqui porque seus clones poderiam se revitalizar por mais de milênio, testemunhas do passado das brisas e das tempestades.