Mecanismo Natural
Não existem excessos na natureza. Os ratinhos, marsupiais, quase nunca
se apresentam em grandes quantidades. Os predadores fazem o seu papel e
controlam os excessos, acho que é por isso que quase nenhum mamífero se
mostra disposto a mudar essa regra. Se tentarem, o próprio mecanismo
criar uma contraparte e estabiliza o processo.
Numa floresta como a
nossa não existe muitos ratos, só existem quando uma grande
frutificação de bamboos oferece alimento farto a cada 10 e 15 anos ou quando o homem produz grãos em ambientes abertos.
Se existem muitos ratos, facilmente se amplia o número de predadores, como as cobras, os lagartos, as aves de rapina.
Este balanço energético que foi gerenciado por milhares de anos e
moldou o nosso mundo dos seres vivos agora está tentando se
reequilibrar. Se nós não somos capazes de entender que precisamos
reduzir a reprodução e o consumo humana, vários processos naturais
iniciarão seu papel como estabilizadores.
Percebemos o quão frágil e
complexo é produzir mecanismos científicos permanentes para burlar a
regra de ouro da natureza. E temos uma certa predisposição de não
colocarmos em prática ações simples.
Aquilo que precisamos fazer é
bem objetivo: teríamos que proteger 50% da superfície terrestre e
marinha; a população deveria parar de crescer imediatamente; todos os
mecanismos de produção e consumo em escala deveria submeter-se ao valor
ambiental direto, fazendo com que o custo de coisas não renováveis
subisse com a baixa direta de seu consumo; a produtividade agrícola
deveria levar em conta a sustentabilidade dos mecanismos de auto
regulação do solo. Tudo isso levaria a um novo modelo de
desenvolvimento, com muito mais tecnologia. Mas já temos as respostas de
como implementar todos esses mecanismos de estabilidade. É uma questão
de decisão coletiva, que terá algum custo para ser implementada.
Infelizmente, se não tivermos essa coragem acho que acabaremos sofrendo
muito e cada vez de forma mais severa.
O planeta já está na UTI e precisa de nossa colaboração, agora.