Mecanismo Natural

28/04/2020

Não existem excessos na natureza. Os ratinhos, marsupiais, quase nunca se apresentam em grandes quantidades. Os predadores fazem o seu papel e controlam os excessos, acho que é por isso que quase nenhum mamífero se mostra disposto a mudar essa regra. Se tentarem, o próprio mecanismo criar uma contraparte e estabiliza o processo.
Numa floresta como a nossa não existe muitos ratos, só existem quando uma grande frutificação de bamboos oferece alimento farto a cada 10 e 15 anos ou quando o homem produz grãos em ambientes abertos.
Se existem muitos ratos, facilmente se amplia o número de predadores, como as cobras, os lagartos, as aves de rapina.
Este balanço energético que foi gerenciado por milhares de anos e moldou o nosso mundo dos seres vivos agora está tentando se reequilibrar. Se nós não somos capazes de entender que precisamos reduzir a reprodução e o consumo humana, vários processos naturais iniciarão seu papel como estabilizadores.
Percebemos o quão frágil e complexo é produzir mecanismos científicos permanentes para burlar a regra de ouro da natureza. E temos uma certa predisposição de não colocarmos em prática ações simples.
Aquilo que precisamos fazer é bem objetivo: teríamos que proteger 50% da superfície terrestre e marinha; a população deveria parar de crescer imediatamente; todos os mecanismos de produção e consumo em escala deveria submeter-se ao valor ambiental direto, fazendo com que o custo de coisas não renováveis subisse com a baixa direta de seu consumo; a produtividade agrícola deveria levar em conta a sustentabilidade dos mecanismos de auto regulação do solo. Tudo isso levaria a um novo modelo de desenvolvimento, com muito mais tecnologia. Mas já temos as respostas de como implementar todos esses mecanismos de estabilidade. É uma questão de decisão coletiva, que terá algum custo para ser implementada. Infelizmente, se não tivermos essa coragem acho que acabaremos sofrendo muito e cada vez de forma mais severa.
O planeta já está na UTI e precisa de nossa colaboração, agora.